Aprendi em Setúbal que os salmonetes devem comer-se quando a sardinha já não é boa. Meses sem “r” são os da sardinha, com ele reinam os salmonetes. Estando em outubro é mais do que tempo de os provar.
Para não haver surpresas a escolha foi óbvia, o Mar do
Inferno, ali onde começa a rota dos restaurantes selectos da estrada do
Guincho, mas cujos preços não pegam fogo no bolso.
O local é despretensioso, sem luxos, o serviço despachado
(às vezes esquecido). Nele estão reunidas as condições para uma jornada
gastronómica à maneira.
Para começar vieram uns percebes da Roca. Suculentos,
impecáveis. Acrescentar mais comentários seria estragar.
Depois apresentaram-se os salmonetes. Boas notícias: quem
estava na grelha sabia exatamente o que fazer e assim que a faca levantou a
pele do peixinho, esta saltou integralmente, sinal de frescura e qualidade. A
partir daí foi fruir “aquele” sabor (estão a ver, “aquele”…). As batatas com
pele e os legumes salteados estiveram à altura.
A minha companhia escolheu lulas, que, disse, estavam um
pouco rijas. Problema dela. Os
meus salmonetes estavam ótimos.
Para rematar, um café medíocre da Lavazza. Ou a máquina
não estava afinada ou o lote era fraco. Que a gerência resolva o problema,
fiquei com vontade de voltar depressa. A.V.
Restaurante Mar do Inferno
Av. Rei Humberto II de Itália
2750-642 CASCAIS
Telefone: 214 832 218
Email: marinferno@netcabo.pt
Estacionamento: tem
Cartões: aceita
Encerra às quartas-feiras
Preço médio: 30 euros
Notas
(1 a 5)
Qualidade da refeição: 4
Serviço: 4
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